No mercado imobiliário, o corretor conta com um papel de grande relevância na intermediação de negócios. Afinal, ele facilita a conexão entre compradores e vendedores, assegurando a transparência e a legalidade nas transações. Mas também é preciso garantir os direitos do corretor.
Isso porque, não raro, os profissionais enfrentam desafios relacionados a sua remuneração e ao seu reconhecimento perante a negociação. Ou seja, no que se refere a sua atuação na mediação e na corretagem.
Para ajudar a esclarecer possíveis dúvidas, portanto, continue com a leitura deste artigo. Nos tópicos a seguir, confira as principais questões relacionadas a esses temas e entenda como o suporte jurídico adequado pode ser útil no contexto.
Papel do corretor no mercado imobiliário
Antes de abordar as questões jurídicas, é importante compreender o papel do corretor. Ele atua como intermediador na negociação de imóveis, auxiliando clientes na busca por propriedades e apresentando opções. Também esclarece dúvidas e conduz o processo até a assinatura do contrato.
Além disso, a Lei nº 6.530/1978 regulamenta a sua atuação, dispondo sobre o exercício da profissão de corretor de imóveis no Brasil. Desse modo, estabelece os requisitos, atribuições e responsabilidades do profissional.
Portanto, a legislação prevê que o corretor deve atuar com ética, transparência e profissionalismo. Também reconhece ele como um agente intermediador que contribui para a segurança jurídica nas operações imobiliárias.
Quanto a sua remuneração, em geral, o profissional obtém por meio de comissões. Por isso, é importante estabelecê-las previamente em contrato, a fim de garantir os direitos do corretor.
Diferença entre mediação e corretagem
Embora frequentemente se faça uso dos termos mediação e corretagem como se fossem sinônimos, a verdade é que as duas palavras possuem distinções importantes. A corretagem refere-se à atividade de intermediar negociações imobiliárias.
Enquanto isso, a mediação é um método de resolução de conflitos, em que uma terceira parte auxilia ambos os lados a chegarem a um acordo de maneira consensual. Desse modo, no contexto imobiliário, a mediação pode envolver a resolução de disputas relacionadas às transações, contratos e outras questões jurídicas.
A corretagem, por sua vez, é a atividade de facilitar a venda ou locação de um imóvel. Ou seja, os dois processos, embora diferentes, relacionam-se à atuação dos profissionais especializados, cujos direitos devem ser devidamente resguardados.
Desafios que corretores enfrentam na mediação e corretagem
Apesar da importância do seu papel tanto na mediação quanto na corretagem, muitas vezes, os direitos do corretor não são reconhecidos, por conta de obstáculos que enfrentam. Assim, entre os principais desafios que existem, é possível citar os seguintes:
- Falta de pagamento de comissões: Em muitos casos, o corretor realiza a intermediação, mas não recebe sua remuneração devida, seja por falta de contrato claro ou por questões judiciais.
 - Desconhecimento das leis e direitos: Muitos corretores não têm conhecimento aprofundado sobre seus direitos e as melhores práticas jurídicas para garantir sua remuneração e proteção.
 - Conflitos com imobiliárias ou clientes: Situações de desrespeito, atrasos ou disputas podem prejudicar o profissional, especialmente quando há ausência de contratos bem elaborados.
 - Atuação sem respaldo jurídico adequado: A falta de apoio jurídico pode dificultar a resolução de conflitos e a garantia de direitos trabalhistas e comerciais.
 
Como garantir os direitos do corretor com sucesso
A boa notícia é que os direitos do corretor podem ser assegurados com a adoção de algumas estratégias. A seguir, veja quais são as mais importantes:
Contrato claro e detalhado
Antes de iniciar qualquer atividade, é preciso elaborar um contrato de prestação de serviços que especifique claramente a comissão. Assim como as condições de pagamento, prazos e responsabilidades de ambas as partes. Um documento bem elaborado serve como prova em eventuais litígios.
Conhecimento das leis e regulamentos
O profissional deve estar atualizado sobre a legislação vigente, incluindo a Lei nº 6.530/1978, o Código Civil e demais normas aplicáveis. Afinal, o conhecimento jurídico promove uma maior segurança na condução dos negócios e na defesa dos seus direitos.
Registro e documentação adequada
Manter registros de todas as negociações, comunicações e documentos relacionados às transações imobiliárias é essencial para comprovar sua participação e atuação.
Utilização de comissões previamente acordadas
Evitar surpresas ou conflitos futuros, estabelecendo valores de comissão e condições de pagamento de forma transparente e por escrito.
Busca de suporte jurídico especializado
Contar com um advogado especializado em direito imobiliário faz toda a diferença. Isso porque ele orienta, elabora contratos, atua em negociações e representa o corretor em eventuais processos judiciais ou administrativos.
Importância do advogado quanto aos direitos do corretor
Diante dos problemas que podem ocorrer para garantir os direitos do corretor, o advogado ganha importância significativa nesse cenário. Isso porque a sua atuação vai além da elaboração de contratos.
Ele é um parceiro estratégico na prevenção de conflitos, na resolução de disputas e na orientação jurídica para negociações mais seguras. Além disso, a presença desse profissional permite ao corretor compreender melhor os seus direitos, evitar práticas abusivas, identificar cláusulas injustas e receber o pagamento das suas comissões.
O advogado pode ainda agir em processos de mediação ou arbitragem, buscando soluções extrajudiciais que acelerem a resolução de conflitos. Outro aspecto importante é que ele consegue orientar o corretor sobre suas obrigações fiscais, trabalhistas e civis. Assim, evitando problemas futuros e contribuindo para uma atuação mais profissional e segura.
Conclusão
A proteção dos direitos do corretor na mediação e corretagem é uma responsabilidade compartilhada entre o profissional, as imobiliárias e o sistema jurídico. Entretanto, o papel do advogado é indispensável para garantir a condução de todas as etapas de acordo com a legislação vigente. Com isso, proporcionando segurança, respaldo e tranquilidade ao corretor.
Portanto, a parceria com um profissional do direito não é apenas uma estratégia, mas uma necessidade para quem deseja atuar de forma ética, segura e bem-sucedida no mercado imobiliário.
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